Uma delação premiada na qual o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, aponta membros do crime organizado envolvidos em um esquema milionário de lavagem de dinheiro, teria sido o estopim para seu assassinato, ocorrido na tarde dessa sexta-feira (8/11), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana da capital.
A delação potencializou a morte dele, não foi determinante, mas potencializou”, afirmou em entrevista ao Metrópoles, no início da tarde deste sábado (9/11), o advogado Ivelton Salotto. Ele defendia Gritzbach em dois processos, um de homicídio, contra um chefão do Primeiro Comando da Capital (PCC), e outro de lavagem de dinheiro. Porém, quando soube sobre a delação, decidiu renunciar ao cargo.
“Renunciei porque eu sabia que a delação potencializaria a morte dele, por isso sai do caso”, reforçou o ex-defensor, ressaltando que seu cliente era inocente no processo de homicídio e que, no de lavagem de dinheiro, operava como administrador, sem ter envolvimento direto com práticas criminosas.
Morte de chefão do PCC
Gritzbach fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), homologado pela Justiça neste ano.
Em seu relato, ele fala sobre lavagem de dinheiro para personagens como Anselmo Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Claudio Marcos de Almeida, o Django. Eles foram sócios da empresa de ônibus UpBus, que opera linhas na zona leste da capital e está sob intervenção da Prefeitura paulistana após ter sido alvo de uma operação por suposta ligação com o PCC.
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