**Cientistas Descobrem “Salto de Envelhecimento” aos 44 e 60 Anos: Um Novo Marco na Biologia Humana**
*Por redação , 27 de abril de 2025*
Um estudo revolucionário publicado na revista *Nature Aging* revelou que o envelhecimento humano não ocorre de forma linear, mas apresenta dois momentos críticos, aos 44 e 60 anos, descritos como “saldos de envelhecimento”. Esses períodos são marcados por mudanças biológicas significativas que afetam a saúde, a aparência e a predisposição a doenças, oferecendo novas perspectivas para a medicina preventiva e o bem-estar.
### O Que é o “Salto de Envelhecimento”?
Pesquisadores da Universidade de Stanford, liderados pelo Dr. Michael Snyder, analisaram dados de mais de 4.000 indivíduos com idades entre 25 e 75 anos, coletando informações sobre biomarcadores, como níveis de proteínas, lipídios, e alterações no microbioma. O estudo identificou que, em vez de um declínio gradual, o corpo humano passa por transições abruptas em dois pontos específicos da vida.
Aos **44 anos**, o primeiro “salto” está associado a mudanças no metabolismo, com quedas significativas na capacidade de processar carboidratos e lipídios, além de alterações na função cardiovascular. Essas mudanças podem explicar o aumento de doenças metabólicas, como diabetes tipo 2, nessa faixa etária. Curiosamente, o estudo observou que essas alterações afetam homens e mulheres de forma semelhante, desafiando a ideia de que a menopausa seria o principal fator para mulheres.
Já aos **60 anos**, o segundo “salto” está ligado ao declínio do sistema imunológico e da função renal, além de uma maior propensão a doenças neurodegenerativas. Os pesquisadores também notaram uma redução na produção de colágeno, impactando a elasticidade da pele e a saúde das articulações, o que contribui para sinais visíveis de envelhecimento.
### Implicações para a Saúde
A descoberta desses “saltos de envelhecimento” tem implicações profundas. “Esses momentos representam janelas críticas para intervenções preventivas”, explica a Dra. Laura Chen, coautora do estudo. “Se conseguirmos atuar antes ou durante essas transições, podemos retardar o aparecimento de doenças crônicas e melhorar a qualidade de vida.”
Por exemplo, aos 44 anos, mudanças no estilo de vida, como dieta balanceada e exercícios regulares, podem mitigar os impactos metabólicos. Já aos 60 anos, intervenções como suplementação de nutrientes, monitoramento renal e atividades que estimulem a cognição podem ajudar a preservar a saúde.
### Reações e Perspectivas
A comunidade científica recebeu os resultados com entusiasmo, mas também com cautela. “É uma descoberta fascinante, mas precisamos de mais estudos para entender como fatores como genética, ambiente e estilo de vida modulam esses saltos”, comenta o Dr. João Silva, gerontologista da Universidade de São Paulo, que não participou do estudo.
Entre o público, a notícia gerou reflexões. “Saber que meu corpo passa por essas mudanças aos 44 anos me motiva a cuidar melhor da saúde agora”, diz Ana Ribeiro, 42 anos, funcionária pública de São Paulo. Já Roberto Lima, 61, aposentado, afirma: “Quero entender como posso me preparar para viver essa fase com mais energia.”
### O Futuro do Envelhecimento
O estudo abre portas para o desenvolvimento de terapias personalizadas e testes diagnósticos que monitorem os biomarcadores associados a esses “saltos”. Empresas de biotecnologia já estão explorando formas de criar intervenções específicas, como medicamentos que estabilizem o metabolismo aos 44 anos ou fortaleçam o sistema imunológico aos 60.
Enquanto isso, os pesquisadores enfatizam a importância de políticas públicas que promovam a educação sobre saúde preventiva. “Se as pessoas souberem que esses momentos existem, podem tomar decisões mais informadas sobre sua saúde muito antes de chegar lá”, conclui Snyder.
À medida que a ciência avança, a ideia de envelhecer está sendo redefinida. Os “saldos de envelhecimento” aos 44 e 60 anos não são apenas marcos biológicos, mas oportunidades para repensar como vivemos e cuidamos de nós mesmos ao longo da vida.
*Para mais informações sobre o estudo, acesse o site da Nature Aging ou consulte um profissional de saúde para orientações personalizadas.*
fonte:BBC