A promotora Rosemary Souto Maior de Almeida, da 46ª Promotoria do Recife, pediu ao juiz Abner Apolinário da Silva o adiamento de um júri marcado para a segunda-feira 9. A informação foi publicada no blog do jornalista Ricardo Antunes.
O motivo é sua participação no Prêmio NE-Internacional, que ocorrerá no domingo 8, na casa de eventos Arcádia, em Casa Forte, Recife (PE), e deve se estender até a madrugada. De acordo com a promotora, o evento comprometeria seu preparo para o julgamento.
Rosemary anexou ao pedido a capa de uma revista que destaca sua presença na cerimônia e explicou que o evento exige traje de gala, o que demandaria organização adicional no sábado, dia 7. Por isso, classificou o adiamento como um “motivo de força maior”.
O pedido de adiamento do júri ainda aguarda decisão do juiz.
Promotora do Recife recebeu honraria da Assembleia Legislativa
Rosemary tem diversas honrarias. Em 2022, recebeu a Medalha Leão do Norte, concedida pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, por seu trabalho em defesa de mulheres vítimas de violência doméstica.
No mesmo ano, foi agraciada com o Prêmio Tacaruna Mulher, destacada pela prisão e condenação rápida de um feminicida em apenas 40 dias depois do crime. Natural de Limoeiro, no Agreste pernambucano, Rosemary formou-se em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco em 1982.
Ela também lecionou na Universidade Federal da Paraíba e possui pós-graduações pela Universidade de São Paulo e pela Universidade Católica de Pernambuco. Em 2009, devido a ameaças de morte relacionadas à sua atuação, entrou no programa de proteção em Pernambuco.
Além de suas atividades no campo jurídico, Rosemary é uma acadêmica prolífica, com mais de 50 artigos e trabalhos publicados. Entre suas contribuições, destaca-se o artigo “Defensores e Defensoras de Direitos Humanos – O enfrentamento a desigualdades em Pernambuco”.
Fonte: Revista Oeste