Autópsia aponta que brasileira morta na Argentina usou droga alucinógena no dia de sua morte

Autópsia aponta que brasileira morta na Argentina usou droga alucinógena no dia de sua morte

Foto: Reprodução/Instagram

O caso da brasileira Emmily Rodrigues, de 26 anos, que caiu do sexto andar do apartamento de um empresário argentino, em Buenos Aires, ganhou novos desdobramentos após o resultado da autópsia, que constatou que a jovem consumiu drogas alucinógenas no dia em que tudo aconteceu. De acordo com informações divulgadas pelo jornal Clarín, que teve acesso ao documento, o entorpecente seria o “tuci”, popularmente conhecido como “cocaína rosa”. A polícia investiga se a jovem cometeu suicídio ou foi morta pelo empresário Francisco Sáenz Valiente, que está preso.

Conforme o jornal argentino, Sáenz Valiente declarou que não ofereceu cocaína e tuci a ninguém, tanto em referência à vítima brasileira quanto às outras três mulheres que a polícia descobriu que também estavam no apartamento no dia da morte. Elas foram identificadas como Lia Figueroa Alves, Juliana Magalhães Mourão e Dafne Santana. No entanto, em depoimento os quatro não negaram o uso de drogas e álcool no dia do ocorrido.

O tuci, também chamado de “cocaína rosa” , é composto por duas substâncias: um estimulante (derivado da metanfetamina, como o MDMA) e um alucinógeno (geralmente a cetamina). Seu efeito é estimulante, despersonalizante e eufórico. Na versão de Sáenz Valient, ele afirma que na noite da queda Emmily teria tido um “surto psicótico” .

Testemunha viu Emmily pedir ajuda

Ao GLOBO, o pai de Emmily, Aristides Rodrigues ainda defende que a filha foi vítima de um homicídio. Neste sábado (15), ele relatou que vizinhos da frente do prédio de Sáenz Valiente afirmaram ter visto a jovem “se segurando e acenando na janela para que pessoas a vissem pedindo ajuda” e chamassem a polícia.

— Há testemunha, um vizinho da frente do prédio disse que viu Emmily se segurando e acenando na janela para que pessoas a vissem pedindo ajuda, para que chamassem a polícia, na janela da frente do prédio. E que apareceu um homem que a puxou para dentro do apartamento, que provavelmente fez isto para impedir que pessoas a vissem, levando-a para a janela dos fundos e a empurrou — defende o pai.

Empresário nega crime

Na versão de Sáenz Valiente, a jovem teve um “surto psicótico” e se jogou do sexto andar. Preso, Sáenz Valiente enviou aos pais de Emmily uma carta manuscrita na qual afirma que a queda da jovem foi “acidental” e que fez “todo o possível” para evitá-la.

Ainda na carta, o suspeito diz que foi uma tragédia e que ele tentou ligar duas vezes para a polícia pedindo ajuda. Conforme divulgado pelo GLOBO, a partir dos áudios obtidos, Sáenz Valiente de fato pediu ajuda ao serviço de emergência argentino, antes da queda da jovem. No áudio é possível ouvir a brasileira, ao fundo, gritar por socorro. Ao telefone, o empresário forneceu o endereço da casa dele.

A afirmação de que Emmily cometeu suicídio, no entanto, é negada por Ignacio Trimarco, advogado que representa os pais da modelo morta. Na semana passada, Trimarco afirmou que o ferimento de número 18, como o machucado foi identificado na autópsia, é indicativo que a jovem tentou reagir a algum tipo de ameaça. O ferimento tem um padrão de “arraste”, segundo o documento da autópsia obtido pelo jornal La Nacion.

Ao GLOBO, o pai da jovem disse também que a perícia constatou que o empresário tinha marcas de mordidas nas mãos. Segundo ele, os hematomas indicam que o homem tentou calar a jovem, que se defendeu com mordidas.

— Tudo indica que tentaram calar Emmily e ela tentava se defender através de mordidas. Pessoas viram ela acenando e gritando, pedindo para chamar a polícia na frente do prédio, onde já tinham pessoas olhando — conta Aristides.

Conforme divulgado pelo jornal Clarín, Rafael Cuneo Libarona, advogado de Sáenz Valiente, pediu revisão de um dos depoimentos do empresário no caso, baseado no fato de que o promotor de investigação, Santiago Vismara, afirmou que as ações de Sáenz Valiente foram decisivas na morte da jovem na manhã de 30 de março, mas não indicou quais foram, o que impossibilita a defesa do acusado.

Nesta semana, a defesa de Saénz Valiente tentará libertá-lo, visto que terça-feira é o prazo para o juiz criminal decidir a situação processual do empresário . A reportagem tentou contato com Libarona, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Créditos: O Globo.

Fonte Terra

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