As recentes declarações do Presidente Lula na China suscitaram debate sobre um possível realinhamento geopolítico do Brasil diante da disputa EUA X CHINA. Lula tem se pronunciado, por vezes, em consonância com a visão defendida pelo núcleo duro do PT, no entanto, aos diplomatas do MRE compete a lida profissional da política externa do Itamaraty, menos ideológica e mais pragmática, de acordo com a real estatura brasileira no campo internacional.
O Brasil está distante de uma posição soberana em diversos setores como, por exemplo, o aeroespacial. Os satélites sino-brasileiros, desenvolvidos em São José dos Campos, desde a década de 90, foram a porta alternativa encontrada pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), diante da negação de transferência de tecnologia por parte dos EUA.
No primeiro ano da gestão Bolsonaro um certo equilíbrio se restabelece. O sexto satélite da série (CBERS-4A) foi colocado em órbita, lançado do território chinês, enquanto o Brasil fechava um acordo com os EUA para reativar a base de Alcântara, inoperante desde 2003.
Para compreender o conceito de dissuasão estratégica, elemento central da política de Defesa do Brasil, é mister que o domínio do ciclo completo do enriquecimento do Urânio (com a finalidade energética), seja associado à capacidade aeroespacial para colocaçao de satélites em órbita (idêntica à empregada nos mísseis balísticos).
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