Segundo a associação, essa representação compromete a credibilidade construída pelo IBGE ao longo de décadas de trabalho sério, imparcial e respeitado globalmente.
O mapa, que coloca o Brasil de modo invertido e ao centro, não tem respaldo em convenções cartográficas internacionais reconhecidas. Nas redes sociais, a associação destacou que, ao invés de informar com precisão, a nova configuração distorce a realidade e cria uma “encenação simbólica”.
Críticas à gestão atual do IBGE
A crítica da ASSIBGE-SN defende a ideia de que o Brasil enfrenta sérios problemas sociais, como desigualdade estrutural, deficiências educacionais, insegurança e perda de competitividade. Ainda conforme o texto, “ilusões gráficas” não os solucionam. A associação também critica a atual gestão do IBGE, que, segundo ela, prioriza ações promocionais.
O presidente do instituto, Marcio Pochmann, publicou a imagem do mapa nas redes sociais e justificou a mudança como uma forma de “destacar a posição de liderança do Brasil em fóruns internacionais”, como Brics e Mercosul, e eventos, como a COP30, marcada para novembro de 2025, em Belém.
O manifesto da associação também relembra um incidente em janeiro de 2025, quando a publicação Brasil em Números 2024 incluiu um prefácio da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB-PE), que exaltava realizações regionais. A justificativa de apoio financeiro foi negada por entidades mencionadas, como a Sudene.
A ASSIBGE-SN, por meio do Núcleo Sindical Chile, localizado no Rio de Janeiro, reafirmou seu compromisso com a integridade técnica do IBGE. O sindicato insiste em que o instituto deve se manter fiel à sua função de fornecer dados confiáveis e imparciais, sem se envolver em práticas que comprometam sua missão.
Fonte: Revista Oeste