Até 2016, países governados por políticos de esquerda foram os recordistas de empréstimos via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Angola, Argentina e Venezuela, por exemplo, receberam US$ 3,2 bilhões, US$ 2 bilhões e US$ 1,5 bilhão, respectivamente.
Nesse período, o BNDES desembolsou US$ 10 bilhões para a realização de 80 obras em 15 países. A lista inclui o Porto de Mariel, em Cuba, e o metrô de Caracas. Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff respondem pela maioria dos financiamentos. Cuba, Venezuela e Moçambique deram calote e devem mais de US$ 1 bilhão ao Brasil.
Embora o BNDES tenha como premissa o desenvolvimento nacional, o banco tem permissão para fazer operações no exterior. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu início a essas práticas, que se tornaram corriqueiras nos governos petistas. De acordo com a instituição financeira, o programa de financiamento à exportação de serviços de engenharia, como chama a modalidade de dar dinheiro aos “países amigos”, iniciou-se em 1998.
Desde o fim do mandato de Dilma, em 2016, o banco estatal encerrou esse tipo de política. Depois disso, o BNDES se concentrou em projetos nacionais e financiou principalmente obras de infraestrutura. Nos últimos quatro anos, por exemplo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) destinou mais de R$ 120 bilhões para infraestrutura e perto de R$ 36 milhões para projetos de indústria, comércio e serviço e agronegócio.
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