Foto: Reprodução/Câmera de Monitoramento.
São Paulo — O genro do médico Roger Abdelmassih foi atingido com um tiro no peito, disparado por engano por um policial militar de folga, quando agredia um dos três bandidos que tentaram roubá-lo na entrada de seu condomínio, no Morumbi, bairro nobre da zona sul paulistana, na tarde do último domingo (26/11).
CENAS FORTES: novas imagens mostram PM de folga atirando em genro do médico Abdelmassih por engano pic.twitter.com/W98bBTs8Vo
— Diario do Brasil Notícias (@diariobrasil_n) November 28, 2023
Imagens de uma câmera de monitoramento (assista abaixo) mostram Dennis Roberto Ramos, de 53 anos, e a esposa dele, filha de Abdelmassih, sendo abordados pelos bandidos e o tiroteio após a chegada do PM. Dennis morreu a caminho do hospital. Dois dos criminosos também morreram e um foi hospitalizado.
Quando o veículo entra na “gaiola” de acesso à garagem, os criminosos avançam contra as vítimas, ocupando duas motos. Dennis e a mulher chegam a cair no chão. O soldado da PM de folga, de 30 anos, passava pelo local com sua moto nesse momento. Ele percebe o assalto e troca tiros com os bandidos.
Um dos ladrões é atingido e cai ao lado de Dennis. Os outros dois tentam fugir, mas também são baleados pelo soldado de folga.
Quando o terceiro criminoso sai correndo, Dennis, que não estava ferido, se levanta e começa a agredir o bandido com chutes e com seu capacete.
Ele cai em seguida, após ser atingido no peito por um tiro dado pelo policial. Fontes policiais que investigam o caso acreditam que o PM confundiu a vítima com um dos bandidos e atirou no genro de Abdelmassih por engano.
A PM e a Secretaria da Segurança Pública (SSP) não haviam se posicionado sobre a conduta do PM de folga até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.
Roger Abdelmassih
O médico Roger Abdelmassih, de 80 anos, foi condenado a 173 anos, 6 meses e 18 dias de prisão após ter sido denunciado pelo abuso de 37 pacientes, algumas delas sedadas durante procedimentos médicos. Há duas semanas, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) rejeitou o pedido de prisão domiciliar solicitado por sua defesa.
Metrópoles