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A Globo já imaginava que vender o Carnaval de 2023 seria uma tarefa difícil, tanto que reduziu drasticamente o compromisso financeiro com as escolas de samba de São Paulo para este ano, mas a emissora não imaginava que seria tão ruim. A Globo vendeu somente uma cota de patrocínio do Carnaval, como revelado pelo colunista Gabriel Vaquer e confirmado por Splash.
O tamanho do corte dos valores dá uma ideia da dimensão do problema. Pelo acordo fechado em 2021, a Globo pagará neste ano R$ 700 mil fixos para cada escola em São Paulo. É cerca de metade do valor do contrato anterior.
Para compensar a queda, o novo acordo prevê que as escolas tenham participação nos resultados comerciais da Globo. Se a Globo vendesse todas as cotas de publicidade pelo valor planejado, as escolas receberiam em torno de R$ 1,4 milhão, quantia semelhante a paga pela emissora no Carnaval anterior.
Depois de bater na porta de outros canais de TV e ouvir propostas semelhantes à da Globo, e até inferiores, as escolas de São Paulo aceitaram entrar no risco com a emissora carioca, fechando um contrato de apenas um ano.
No Rio de Janeiro vigora um contrato mais longo, válido até 2025, mas a renovação também deverá sofrer ajustes significativos de preços.
Em 2022, a Globo comercializou suas cotas de Carnaval por R$ 42,2 milhões. Nada indica que algo tenha mudado nas cifras, mesmo porque a Ambev apenas renovou o contrato. Mas os custos seguem enormes. Do valor da cota vendida, 20% fica com a agência a título de BV (bônus por volume, gratificação comum no mercado publicitário), o que significa menos R$ 8,44 milhões. Em São Paulo, cada escola também irá receber R$ 700 mil fixos. As 14 escolas são uma conta de R$ 9,8 milhões.
Com informações de UOL
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